VAMPIRA
Eu,
Objeto de desejos contidos,
Fruto suculento instigando furores libidinosos.
Eu, animal.
Eu, instinto.
Eu...fatal.
Aparentemente bela,
Superficialmente fragil,
Tal qual um frasco de veneno
Que, quebrando, esvai-se pelos solos, tornando-os inferteis,
E, se ingerido,
Torna-se sem soluço.
Veneno do qual varios seres imploram antidoto.
Porem, um morbido prazer me faz nega-lo.
E a crueldade em mim presente torna-me irresistivel a incansaveis seguidores masoquistas.
Só ditos suplicando migalhas do meu amor,
As quais prefiro lançar aos ventos, aos mares,
a Natureza, alcova dos meus segredos,
Que a mim empresta os seus misterios,
E me faz encantadora sugadora de energias
A seu serviço,
A serviço da bola incandescente.
Do inicio do Universo,
Do apice da existencia.
Eu, energia...Eu, bela...Eu, fatal...
Arrasando corpos e colecionando almas,
a procura do encontro supremo,
O encontro com a minha propria existencia...
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Mariliz Marins