Doce Vampiro
O luzir dos vagalumes
o cricrilar dos grilos da noite
o coachar dos sapos na lagoa,
tudo era motivo de alegria
para sair dançando sobre a ponte do lago
seguir o perfume inebriante
e o barulho dos seus sapatos...
De repente o cemitério,
as campas sombrias,
o vento que assobiava...
passou-me um frio pela espinha,
entrei em campo minado...
Com coragem fui adentrando
até chegar ao cruzeiro,
ali havia o seu canto, doce vampiro,
à espreita,
embaixo de um umbuzeiro.
Cheguei até você,
que para mim sorria,
fui andando, fui andando,
passei dentro de você,
continuei minha jornada
até o dia amanhecer...
Despertei daquele sonho,
sem medo, sem por quê,
até hoje não o compreendi,
mas sei que um dia,
no passado, amei você!
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Margaret Pelicano